Na batida forte do Maracatu Rural de Baque Solto, o “Cambinda Brasileira” iniciou as comemorações do Centenário, em Nazaré da Mata. A festa que teve início no sábado (13), ultrapassou a madrugada, se estendendo até a noite do domingo (14), com a presença gratuita do público. Nos ritmos, a Roda de Ciranda do Coco, tradição do cavalo marinho e mistura do acervo musical do grupo Ticuqueiros, marcaram o repertório da festividade.

Mantendo a tradição de ainda estar na Zona da Mata, o Cambinda Brasileira é o único brinquedo desse ritmo, sobrevivendo nos tempos atuais. Para o presidente Alex, popular “Léo”, o momento além de ser marcante é uma ocasião de dizer a todos que a cultura está mais viva do que possam imaginar. “É para mim um orgulho muito grande, ser o presidente do Centenário dessa agremiação tão rica de Cultura e tradição. Não estarei daqui há cem anos, mas terei a consciência tranquila de que enquanto estive no brinquedo, dei minha contribuição e o melhor de mim para preservar e garantir a cultura popular do Maracatu Rual de Baque Solto”, concluiu.

Para o Carnaval de 2018, o Cambinda Brasileira terá mais uma vez no corte do apito, o jovem mestre Anderson Miguel, que também é Cirandeiro e desponta como uma das grandes revelações e promessas da nova geração de poetas da Mata Norte.